O Sol brilhava. Era hora de acordar.
Mas, o denso e profundo sono, ou talvez ainda, o sonho em que lhe envolvia, não permitia sair de seu leito.
A luta para ali permanecer era de igual tamanho para a de ali sair. Batalha interior...
Enquanto isso, o Sol a postos estava, invadindo com seus raios toda criatura que encontrava. Quais criaturas?! Apenas as que não eram conscientes de seu processo de envolvimento com a luz.
Mas, a consciência não deveria trazer o despertar? A consciência não deveria trazer senso de urgência? Deveria...
No entanto, o medo se fez mais forte e a ligação com o terreno deu peso maior àquilo que se lhe apresentara. Parecia difícil, parecia doloroso, parecia não conseguir. E essa sensação lhe distanciava aos poucos ou “aos muitos” do galardão que recebera.
Pobre alma. Pobre espírito. Pobre destino.
Contudo, ao lado, um Ser se levantou. E na pressa de aproveitar o dia, seu rosto não banhou: preferiu deixar do jeito que estava e tirar quaisquer sinais ou imperfeições ao longo do dia. Mas, parou rapidamente para banhar seus pés, ainda que talvez viessem a se sujar novamente, dada a sua condição terrena.
E ao levantar, incomodou-se com o que deitado estava e o tentou acordar. Esforço válido e justo, mas que infelizmente se mostrou inválido e inútil. Inválido e inútil, pois este parecia querer apreciar ainda mais o estado em que estava, sendo alimentado por sonhos, alimentado por desejos, sendo alimentado pela inércia.
E ao sair do cômodo, o Ser despertado ergueu sua cabeça e ainda sem enxergar direito dada a intensa luz que seus olhos ofuscava, percebeu que outros seres também se alongavam rumo a sua jornada que ali tinha seu início. Talvez ainda não soubessem seu fim. Ou soubessem, ainda que em Espírito.
Que YHWH seja contigo e ainda mais em ti, hoje e em todos os teus dias!
Yedidyah