As nossas convicções, muitas vezes embasadas em nossa experiência, nos conduzem a atitudes rígidas, severas, inflexíveis. Por diversos motivos, não raro, nos achamos senhores da razão, aqueles em que se habita a total sabedoria. Tolice.

Nunca saberemos tudo, nunca chegaremos a um estado de total perfeição. Podemos sim, chegar perto disso com muita busca, mas, de uma forma geral, nos equivocamos ao querer entender que todas as coisas ocorrerão ao nosso modo, deverão ser feitas da nossa maneira, que devem ser vistas do nosso jeito.

Quantos são os que despertam para essa realidade e abrem caminho para uma nova dimensão!

Devemos lembrar que assim como temos nossas experiências, os com quem nos relacionamos também têm as suas. Precisamos ser flexíveis, precisamos ceder. Quão bom é quando abrimos nossos ouvidos ao que outros têm a nos dizer, independente de sua idade, sexo, religião, etnia ou condição social. Não significa necessariamente que devemos por em prática tudo que ouvimos, mas significa nos manter abertos para sugestões e opiniões, mesmo que contrárias às nossas.

Vejam, como exemplo, a crise econômica mundial ocorrida perto de 2008: porque os renomados gurus, com seus conhecimentos empíricos e adquiridos, não conseguiram prever tamanho abalo no sistema financeiro? Isso não põe em xeque toda sua experiência e sabedoria, mas mostra-nos como todos estão sujeitos a errar. E a como às vezes não nos atentamos a detalhes, a pequenos sinais.

A flexibilidade é necessária. Quanto mais exercitá-la, mais valiosos e duradouros serão teus relacionamentos. Mais linda será a tua história.