É DEUS justo? É ele bom?

É DEUS justo? É ELE bom?


DEUS é Justo e/ou Bom?

Essa pergunta foi feita por um homem que, diante de suas convicções e no intuito de achar motivos para contestar a DEUS, a fez, acreditando encontrar uma resposta contraditória.

De fato, esta pergunta, pode ter sido feita por você em algum momento de sua vida, assim como é feita a todo o momento por tantos e tantos ao redor do mundo.

Catástrofes, desastres naturais, mortes inesperadas, sem contar diversas e pontuais decepções com que nos deparamos, tudo isso e mais um pouco trazem questões como essas à mente e podem evoluir para uma forma de apatia para com DEUS. Mas, vamos à resposta:

DEUS é Justo e Bom.

ELE é justo, pois respeita, dentre as diversas leis do universo, o livre-arbítrio. Afinal, como seria nascermos com a certeza de que tudo que nos viria ocorrer já nos estaria pré-designado? Como seria andarmos sem liberdade de pensamento, expressão e ação? Entretanto, ao mesmo tempo em que livre-arbítrio traz a idéia de liberdade, também deve trazer a idéia de conseqüência natural de nossos atos. Sim, devemos nos responsabilizar pelo que fazemos ou pela forma como agimos, individual e coletivamente. Obviamente, este tema daria páginas de reflexão, mas em síntese, poderíamos exemplificar da seguinte maneira:

Vamos utilizar como exemplo, o Brasil. Alguém poderá indagar: “Por que no Brasil há tanta desigualdade social, pessoas passando fome, políticos agindo de forma duvidosa, pessoas morrendo em deslizamentos de terra, outras sendo afogadas em enchentes, pessoas perdendo entes-queridos em função da violência, outras morrendo por doenças diversas... onde está DEUS?”

Para todas essas e inúmeras outras situações a resposta é: o problema está, principalmente, no homem. Conseqüências colhidas pelo próprio homem. Como assim? Para facilitar o entendimento, vamos focar apenas na contribuição do homem para cada uma delas (ou seja, não estão sendo ignorados os fatores externos, apenas focaremos na parcela que cabe ao homem):

- Desigualdade social: homens, ao longo dos séculos, sempre se dividiram assim. No mundo animal é assim. Alguns (os que detêm maior força, conhecimento, poder ou prestígio) se sobressaem aos outros. Mas, essa nunca foi uma condição imutável, muito menos inata, embora a genética ou hereditariedade auxiliem também. Basta ver a quantidade de “emergentes” na sociedade. E o que leva uma pessoa ou um grupo de pessoas a ascender a um novo patamar social? Desejo, força de vontade, busca, empenho e aproveitamento de oportunidades. De vez em quando nossos olhos e ouvidos são agraciados com histórias de homens e mulheres que nasceram num ambiente desfavorável e hoje são figuras de destaque dentro nas posições que almejaram. Em contrapartida sempre há também aqueles que se acomodam em sua situação e não demonstram uma ambição saudável de mudá-la, talvez até reclamem, mas pouco fazem para alterar isso. Pergunta: isso em si, já não corresponde a mais de 50% dos casos? Outra boa parte, podemos justificar na ausência de boas políticas sociais por parte de nossos governantes. Mas quem os elege? E os que os elege, os cobram por suas promessas? De novo, o ponto central é o homem.

- Fome: desde muito tempo, condições climáticas e territoriais contribuíram para a propagação da fome. No entanto, desde muito tempo também, tribos, comunidades e/ou famílias peregrinaram em busca de uma terra ideal, uma terra que proporcionasse seus meios de subsistência. Essa procura levou-os a circundar e a permanecer próximos a solos naturalmente irrigados por rios ou onde a chuva se fazia abundante. E assim, garantiam a perpetuação de suas novas gerações. E hoje? Hoje a situação é similar. Se as condições climáticas ou territoriais são desfavoráveis, por que não mudar? Ou porque não encontrar meios de poder viver em meio a tais condições? Mas, muitos preferem permanecer onde seus antepassados viviam. Preferem dizer que DEUS quis assim e apenas aceitar a situação. Ou ainda, ficar, unicamente esperando a ajuda alheia. Muitos casos poderiam ser sanados de uma forma: com atitude. E a atitude se estende também aos que não estão no centro da situação, ou seja, a todos os outros que poderiam também prover conhecimento e soluções práticas e não somente alimento. O tal do ensinar a pescar. E, muito embora isso caiba a todos que possuem a mínima condição de oferecer, possuem um papel determinante neste processo, de novo, os governantes.

- Políticos que agem de forma duvidosa: de todos, talvez estes sejam os que mais parcela de culpa o homem tem. Afinal, se estes estão onde estão, é pelo desejo do povo. E no caso da ditadura? Idem. Afinal, se o regime se mantém, é porque o povo não mostrou forte oposição ao sistema de governo. Sem contar que, de uma forma geral, a maioria não acompanha a vida política do candidato, muito menos suas realizações ou ausência delas ao longo de seu mandato. E tudo se repete. E, curiosamente, os políticos que mais mostram uma linha ética na condução de sua carreira pública são, geralmente, os que menos têm projeção pública, são os que menos votos recebem.

- Deslizamentos de terra: obviamente existem suas exceções, entretanto, na grande maioria, ocorrem pela ocupação desordenada realizada pelo homem. Prédios, casas, estradas e outras construções são realizadas sem estudos geológicos precisos, visando minimizar ou eliminar riscos.

- Enchentes: muito constantes em épocas de chuvas, são em grande parte, ocasionadas também pela ação do homem. Apenas para citar algumas causas: mau uso e destino do lixo gerado pelas casas e empresas, ocupação desordenada e sem preocupação ambiental aumentando em muito a impermeabilidade do solo, desvio do curso de rios e diminuição de seu leito, construções próximas a rios, córregos, riachos e ao próprio mar sem levar em conta a expansão e retração natural destes.

- Mortes de entes-queridos em função da violência: sem contar a imprudência muitas vezes presente nas ações que antecederam a fatalidade, a violência é gerada pelo próprio homem. Desde uma má educação ou acompanhamento dado pelos pais ou responsáveis, até uma péssima política de repressão ao crime e às drogas, tudo é fruto do homem. É correto afirmar que se houvesse uma assistência maior por parte dos pais, professores e das autoridades, a violência diminuiria significativamente. Só é preciso unir a força de vontade à ação.

- Mortes por doenças: de fato as doenças possuem origens diversas. Porém, muitas delas poderiam ser prevenidas, evitadas, seja por um hábito alimentar mais saudável, seja por um condicionamento físico mais adequado, seja por não fechar-se em seu mundo, expandindo-se, seja por não guardar mágoas, seja por sorrir mais. Tudo isso contribuiria para a redução drástica das patologias que nos afetam. Isso sem contar as doenças sexualmente transmissíveis, que apesar de ampla divulgação e campanhas de prevenção, muitos parecem não dar a devida atenção.

Mais casos? Os motivos acima devem já ser suficientes para ampla reflexão e discussão.

E querem insistir que DEUS não é Justo?

E quanto a ser Bom?

Rapidamente: ELE propicia todas as condições para usufruirmos a vida na sua melhor forma. Dá-nos sabedoria, insere-nos inteligência, dota-nos de habilidades diversas (individuais e coletivas), presenteia-nos com detalhes em sua criação que nos leva a ter prazer em viver (de uma flor a lindas formas de nuvens, de um lindo luar a um maravilhoso pôr-do-sol), coloca-nos seres que nos dão alegria e contentamento (desde um bebê a um pequeno animalzinho, de um inseparável amigo a um sábio conselheiro), dispõe em SUA criação da maioria, senão todos, os antídotos aos venenos e doenças presentes na humanidade.

E ELE não é Bom?

Antes de se questionar DEUS, questione o homem. Não transfira culpas ou desculpas a DEUS. Olhe para o que o homem fez e está fazendo. Olhe para o que você fez ou está fazendo. Ou não está fazendo.

 

Que o BOM e JUSTO DEUS, seja ainda mais contigo e em ti hoje e em todos os teus dias!

Yedidyah

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